domingo, 8 de maio de 2011

Desencontros


"A noite nao estava fria, estava boa, uma ótima sexta-feira. Mas ela nao estava bem, algo a incomodava, um aperto no peito que dizia que algo estava errado... Sem planos, sem ter para onde ir, de um lado para o outro ela andava, acendia o cigarro e apreciava a vista da janela. Nunca gostou de altura, mas gostaria de ser um passáro naquele momento, poder voar para bem alto e bem longe, até esquecer de tudo e de todos.
Sua cabeça parecia um filme que passava rápido demais para lembrar cada detalhe daqueles dias, e reprisava inevitavelmente os momentos mais desagradavéis, aquilo estava torturando-a, e nao havia como parar... as memórias pareciam gostar de magoa-la 24 horas já que raramente dormia, já que a mesma nao a deixava fechar os olhos em paz.
Como tudo isto aconteceu? era a pergunta que ela se fazia toda hora, as lágrimas escorriam, lágrimas que nao representavam apenas uma mulher triste, mas sim ferida por dentro. Logo ela que a tao pouco tempo atrás era vista pelo mundo como alguém perfeita e referencia para muitos. Perfeita? pensava ela... Ser perfeita é ter a confiança traída pela única pessoa que confiava, é ter o coraçao partido todos os dias quando acorda? é sair de casa e se deparar com a única cena que jamais pensaria ver? Se isto é perfeiçao, eu nao quero ao menos de longe ter esta virtude.
Apagou o cigarrou, ligou o celular, leu a última mensagem que recebera poucos minutos atrás "Eu sei que tudo ainda tem jeito, você só tem que acreditar"
Mas desta vez ela estava preparada e nao ia se permetir ser decepcionada. Rapidamente respondeu "Muitas palavras e poucas atitudes nao irao mudar nada".

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